Aquela maldita crise dos 20 e poucos anos




O que falar sobre essa tal crise dos 20 e poucos anos que mal chegou e já odeio pacas?

Vamos lá, por onde começar? Talvez pelo princípio, ou quem sabe pela a ideia que eu tinha de tudo isso no pretérito. Segunda opção.
Dentre todos meus planos e contra planos definitivamente sei que não estou onde eu sonhava estar. Me imaginava mais independente, mais autoconfiante, empregada, super apaixonada pela minha faculdade e financeiramente estável. Não preciso dizer que não alcancei nada disso né?

E talvez seja exatamente por isso que estou no meio de lugar nenhum. Engraçado parar pra pensar sobre isso, já passei por várias crises existenciais: no início da adolescência, no meio dela, na vez que o “crush” me deu um pé na bunda.  Mas no geral todas elas estavam intimamente ligadas ao que eu esperava sobre o futuro. E pela primeira vez vejo-me incomodada por não saber o que fazer com meu presente.



Sabe aquelas listas idiotas de sites e revistas que falam sobre 15 coisas para se fazer antes do 15? 20 antes dos 20? ... Até hoje não consegui nem chegar perto de terminar uma delas. E me pergunto, será que todas as garotas-mulheres de 20 e poucos anos já conseguiram? Será que sou a única terráquea que simplesmente não consegue ser aquilo que dizem que uma pessoa da minha idade deve ser? (Só você,rebelde,exótica,diferentona)

O mais desesperador é que quanto mais tempo eu perco pensando sobre o que fazer da minha vida (literalmente) mais rápido o tempo passa e mais perdida eu fico. Tipo correr em círculos sabe? Sempre voltando para o mesmo lugar. E isso é um saco.


Às vezes fico observando garotas nas redes sociais, tão magras, cabelos perfeitos, independentes, cheias de amigos, felizes, vida social ativa (e eu já fazem 2 meses que não saio de casa), viajadas, estilosas, e nem nos 20 chegaram. E isso verdadeiramente começou a me incomodar, bateu meio que uma deprê. Decidi me afastar das redes por um tempo: desativei todas.

Todos os dias somos bombardeadas com informações sobre o que devemos vestir, que produtos de beleza são essências, qual é o corte de cabelo do momento. E no meio disso tudo nosso verdadeiro eu fica perdido. Pois as vezes quem somos não é aquilo que o mundo dos instas e blogueiras exigem. E quando a gente não tem certeza sobre o que quer ou sobre o que somos essa cobrança se torna mais explicita ainda.



A verdade é que no meio disso tudo perdi amizades que jurava eternas, mudei de opinião sobre o mesmo assunto milhares de vezes, vi que algumas pessoas conhecidas tornaram-se mães, outras casaram. Vi gente que eu achava conhecer com a palma da mão tornarem-se verdadeiros desconhecidos. E no meio disso tudo só me pergunto: Mas quem realmente sou eu? Quem eu quero ser?


Não sou muito boa com conclusões então vou ficando por aqui mesmo, beijos, até o próximo post.